Calgary Tribune - Quatro presos no Egito por roubo de joia da era faraônica, posteriormente fundida

Quatro presos no Egito por roubo de joia da era faraônica, posteriormente fundida
Quatro presos no Egito por roubo de joia da era faraônica, posteriormente fundida / foto: Khaled DESOUKI - AFP/Arquivos

Quatro presos no Egito por roubo de joia da era faraônica, posteriormente fundida

As autoridades egípcias anunciaram, nesta quinta-feira (18), a detenção de quatro suspeitos, incluindo uma restauradora do Museu do Cairo, pelo roubo de uma valiosa joia da época faraônica, vendida por 4.000 dólares (21 mil reais) e posteriormente fundida.

Tamanho do texto:

Esta pulseira de ouro adornada com pérolas esféricas de lápis-lazúli, que data do reinado de Amenemope, faraó da XXI dinastia (1070-945 a. C.), desapareceu do cofre no laboratório de restauração do museu egípcio, segundo o Ministério da Cultura.

De acordo com a mídia local, o objeto deveria ser transportado no final de outubro para Roma para ser exibido como parte do evento "Tesouros dos Faraós".

A investigação revelou que a valiosa pulseira foi roubada do museu, vendida e "fundida juntamente com outras joias", segundo um comunicado do Ministério do Interior.

A restauradora "conseguiu roubar a pulseira enquanto trabalhava no museu" e depois entrou em contato com um joalheiro que a vendeu ao proprietário de uma oficina de ourivesaria por 180.000 libras egípcias (cerca de 3.700 dólares ou 19.600 reais), que por sua vez a revendeu a um fundidor de ouro por 194.000 libras egípcias (cerca de 4.000 dólares), indicou o documento.

Os quatro suspeitos foram detidos e confessaram os crimes, e o dinheiro foi apreendido, segundo a mesma fonte.

A lei egípcia prevê até sete anos de prisão e dois milhões de libras de multa (41 mil dólares ou 217 mil reais) pela destruição de antiguidades, enquanto seu roubo com fins de contrabando é punido com a prisão perpétua.

Descoberta em Tanis, no delta oriental do Nilo, a pulseira foi encontrada na cripta do rei Psusenes I, onde Amenemope foi enterrado após o saque de sua primeira tumba, segundo Jean Guillaume Olette-Pelletier, doutor em egiptologia.

Roubos e tráfico de antiguidades não são incomuns. Em agosto, um antigo médico egípcio, Ashraf Omar Eldarir, foi condenado a seis meses de prisão nos Estados Unidos por introduzir de forma fraudulenta centenas de objetos egípcios no país norte-americano, segundo o jornal The Art Newspaper.

Y.Torres--CT