Calgary Tribune - Candidata japonesa promete Executivo com paridade de gênero 'comparável aos países nórdicos'

Candidata japonesa promete Executivo com paridade de gênero 'comparável aos países nórdicos'
Candidata japonesa promete Executivo com paridade de gênero 'comparável aos países nórdicos' / foto: STR - JIJI Press/AFP

Candidata japonesa promete Executivo com paridade de gênero 'comparável aos países nórdicos'

A única mulher candidata a liderar o partido que governa o Japão, Sanae Takaichi, e que pode se tornar primeira-ministra do país, prometeu nesta segunda-feira (22) melhorar a paridade de gênero no Executivo até alcançar níveis "nórdicos".

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No dia 4 de outubro, o Partido Liberal Democrata (PLD, conservador) definirá seu próximo líder, que substituirá o atual primeiro-ministro Shigeru Ishiba, que renunciou em 7 de setembro.

Se vencer a eleição partidária e conseguir o apoio do Parlamento, Takaichi, 64 anos, se tornará a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra na história do Japão.

Ela apresentou formalmente sua candidatura nesta segunda-feira, ao lado de outros quatro aspirantes ao cargo, e prometeu fazer nomeações "muito surpreendentes" para o gabinete, caso seja eleita.

"Nosso governo e nosso comitê executivo (do PLD) incluirão mulheres em uma proporção comparável à dos países nórdicos", declarou Takaichi, considerada uma política ultraconservadora.

O número de mulheres é reduzido tanto na política japonesa como nas diretoras das empresas. O Japão ocupa o 118º lugar entre 146 países no relatório de 2025 do Fórum Econômico Mundial sobre igualdade de gênero. Islândia, Finlândia e Noruega ocupam os três primeiros lugares.

O atual ministério japonês tem apenas duas mulheres entre seus 20 integrantes.

Takaichi é considerada a favorita na eleição partidária, ao lado de Shinjiro Koizumi, atual ministro da Agricultura, de 44 anos, filho do ex-primeiro-ministro Junichiro Koizumi.

Sanae Takaichi também afirmou nesta segunda-feira que o número crescente de estrangeiros no país deixa os japoneses "com os nervos à flor da pele".

Embora os turistas sejam bem-vindos e o Japão precise de trabalhadores estrangeiros devido ao envelhecimento da sua população, uma imigração "precipitada criaria um clima hostil na sociedade japonesa", disse a candidata, que afirmou querer "revisar a política para que possamos viver em paz com os estrangeiros".

A presença de população estrangeira no Japão (2,8%) é muito menor do que em outros países desenvolvidos, mas um partido com plataforma anti-imigração registrou um avanço significativo no arquipélago nos últimos meses.

Os outros candidatos à liderança do PLD e ao cargo de chefe de Governo são Yoshimasa Hayashi, porta-voz do Executivo (64 anos); Takayuki Kobayashi, ex-ministro de Segurança Econômica (50 anos); e Toshimitsu Motegi, ex-ministro e negociador comercial (69 anos).

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