

Moradores suspendem bloqueios para Machu Picchu após acordo sobre transporte
Os moradores que bloqueavam desde a semana passada o acesso a Machu Picchu, no sudeste do Peru, suspenderam o protesto após chegar a um acordo para o transporte terrestre dos turistas até a famosa cidadela inca, informou a Defensoria do Povo nesta segunda-feira (22).
Declarado Patrimônio da Humanidade desde 1983, as visitas ao sítio arqueológico foram afetadas de maneira intermitente desde 14 de setembro.
Comunidades rurais interromperam a rota ferroviária com pedras e troncos para exigir a saída de uma empresa privada de ônibus, cuja concessão de 30 anos terminou em 4 de setembro.
Uma nova empresa de origem local deveria assumir a partir dessa data o transporte dos turistas desde a estação de trem até Machu Picchu.
Após uma trégua de 72 horas que começou na quarta-feira, as duas empresas chegaram a um acordo por iniciativa do governo.
"A greve já foi suspensa. Os moradores se reuniram na sede da PCM (Presidência do Conselho de Ministros) em Lima, onde chegaram a vários acordos", disse à AFP Óscar Luque, representante da Defensoria do Povo.
Segundo Luque, o principal ponto do documento firmado prevê que as empresas Consettur Machupicchu e Inversiones Sumaq San Antonio de Torontoy, pertencentes às comunidades, concordaram em prestar o serviço de transporte de maneira conjunta "por quatro meses", período em que será realizada uma nova licitação.
Pelo menos 2.300 turistas, entre peruanos e estrangeiros, foram evacuados ou saíram por conta própria entre terça e quarta-feira passada devido aos protestos que resultaram em confrontos com a polícia, deixando 14 agentes feridos, segundo balanço oficial.
Ao sítio arqueológico, o principal atrativo turístico do Peru, ingressam por dia cerca de 4.500 visitantes em média, de acordo com o Ministério de Comércio Exterior e Turismo.
Nesta segunda-feira "tudo está normal em Machu Picchu", destacou Luque.
A.Nelson--CT